O Fabuloso Destino de Amélie Poulain




 O filme instiga algumas reflexões sensíveis e sábias sobre aspectos diversificados da vida. 




Enfoca a percepção minuciosa das singularidades presentes nos detalhes dos momentos e os prazeres cotidianos. Essa característica permite refletir sobre a sociedade industrial, sobrevivendo imersa na escassez de tempo, como máquina que tem seu funcionamento focado na produção em massa.


O  filme utiliza-se de cenas que abordam as memórias. O álbum de fotografias como uma pista para a reflexão sobre o perfil do colecionador daqueles recortes de imagens, Amelie questiona as intenções, cria hipóteses - Talvez ele não queira ser esquecido após a morte, mantendo-se vivo através da memória -, persegue a realidade intuindo a confirmação das hipóteses criadas. 

O olhar de Amelie é o olhar do pesquisador, que segue a intuição ao tempo que busca a comprovação de suas interpretações. Observa tudo ao seu redor, interfere beneficamente nessa realidade por meios de jogos mentais. Ela persegue os fragmentos, as pistas, os objetos... constrói novas pistas, provoca o raciocínio e a consciência das outras pessoas. 


A caixinha encontrada no interior da parede de seu apartamento provoca em Amelie seu espirito investigativo. Ela busca o proprietário daquele memorial de infância, ciente de sua importância. Ao localizá-lo e cumprir  sua missão, ela decide dedicar-se a promover a felicidade por meio da ajuda anonima às pessoas. 




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